terça-feira, 10 de abril de 2012

Presidentes Dilma e Obama lançam bases para nova cooperação bilateral em defesa

Brasília, 10/04/2012 – Em sua primeira visita aos Estados Unidos como presidenta do Brasil, Dilma Rousseff incluiu na agenda a expansão dos laços militares entre os dois países. Em comunicado conjunto divulgado ontem (09/04) pelo Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), a presidenta brasileira e o líder norte-americano, Barack Obama, determinaram a criação de um novo fórum de cooperação na área de defesa.

Integrado pelo ministro Celso Amorim e pelo secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon E. Panetta, o Diálogo de Cooperação em Defesa (DCD) é uma das iniciativas que integram a formação da Parceria Estados Unidos-Brasil para o século XXI.

A primeira reunião entre os participantes do mecanismo de consultas será realizada já no dia 24 de abril, em Brasília, quando uma comitiva liderada por Panneta fará visita oficial ao Brasil. A viagem do titular da Defesa norte-americana à América do Sul inclui também compromissos na Colômbia e no Chile.

Segundo o comunicado conjunto, os ministros da Defesa se reportarão regularmente aos respectivos presidentes. A ideia é estabelecer um diálogo aprimorado para permitir uma cooperação bilateral mais próxima entre os dois países, baseada no respeito mútuo e na confiança. O DCD também servirá como um foro para o intercâmbio de visões e para identificar oportunidades de colaboração em assuntos de defesa no mundo.

O anúncio do novo fórum foi precedido, há dez dias, pela visita do general Martin E. Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto do Exército dos EUA, a Brasília. Após as boas-vindas do ministro Celso Amorim, ele reuniu-se com seu contraparte brasileiro, general-de-exército José Carlos De Nardi, na sede do Ministério da Defesa. No encontro, os dois militares discutiram o aprofundamento da cooperação em defesa entre os países.

Não-proliferação

Como resultado do encontro na Casa Branca, os chefes de Estado do Brasil e dos Estados Unidos decidiram intensificar a cooperação bilateral e multilateral na área de proteção física e segurança nuclear, bem como no uso de energia atômica para fins pacíficos.

No comunicado divulgado ontem, eles reiteraram "a forte determinação dos dois países em apoiar esforços internacionais para o desarmamento e a não-proliferação, com vistas a alcançar a paz e a segurança em mundo sem armas nucleares."

Dentro dessa perspectiva, expressaram apoio ao plano de ação adotado pela VIII Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação (TNP). Os principais pontos aprovados incluem a entrada em vigor do Tratado Abrangente para a Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT) e o início de negociações para vedar a produção de materiais físseis para armas ou outros propósitos explosivos e iniciativas correlatas.


Ministério da Defesa

Assessoria de Comunicação Social