terça-feira, 7 de agosto de 2012

Amorim reafirma importância de o Brasil dispor de capacidade dissuasória e defende modernização das Forças Armadas

Brasília, 07/08/2012 – “A nova estatura internacional do Brasil no século 21 requer Forças Armadas continuamente preparadas e modernizadas para a proteção de nosso patrimônio e de nossos interesses”. Essa foi, em síntese, a mensagem proferida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao abrir ontem à noite, em São Paulo (SP), o I Encontro Sul-americano de Defesa, realizado no Memorial da América Latina.

Segundo Amorim, é preciso investir na “aquisição de novas capacidades” para a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, tal como previsto no Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (Paed), como forma de aumentar a “dimensão preventiva do poder militar” brasileiro.

“Ser pacífico não é ser indefeso”, voltou a dizer o ministro, que defende a criação de um “cinturão de paz” e boa vontade na América do Sul – região onde, segundo ele, prevalece um ambiente de cooperação.

Para Amorim, no entanto, não se pode desconsiderar a possibilidade de ameaças extrarregionais. “Temos um patrimônio que nos transforma num dos territórios mais ricos do planeta”, afirmou. “O Brasil deve construir capacidade dissuasória crível, que torne extremamente custosa a perspectiva de agressão externa ao nosso País.”

Na avaliação do ministro da Defesa, um “forte sentimento de insegurança no sistema internacional” faz com que o mundo, hoje, não pareça um lugar mais estável ou mais seguro do que faria supor o fim da Guerra Fria. A modernização das Forças Armadas em época de paz, assegurou, é necessária para prover o Brasil de “meios para prevalecer a posição nacional em situações de eventuais conflitos”.

Transparência

Ao lado de especialistas do tema, Celso Amorim destacou a importância da transparência por parte das instituições públicas. Citou os avanços proporcionados pela implementação da Lei de Acesso à Informação e a recente entrega, ao Congresso Nacional, de três documentos estratégicos para a Defesa Nacional brasileira e para todo o país: as versões atualizadas da Política Nacional de Defesa e da Estratégia Nacional de Defesa e a primeira versão do Livro Branco de Defesa Nacional.

Amorim lembrou, também, que atualmente há um interesse maior da sociedade a respeito do tema defesa, “assunto inescapável da democracia”. E informou que, em breve, será lançado o edital da terceira edição do programa Pró-Defesa – iniciativa de fomento à cooperação entre instituições civis e militares para implementar projetos voltados ao ensino e à produção de pesquisas científicas e tecnológicas na área.

O evento do qual participou faz parte do VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, organizado pela instituição com apoio da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Os cerca de 600 inscritos (estudantes, militares e pesquisadores de Defesa) participam de conferências, mesas-redondas, apresentação de trabalhos de iniciação científica, entre outras atividades, até esta quinta-feira (09).

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa