Guerrilha ataca fazenda de brasiguaio e mata cinco no Paraguai
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Pelo menos cinco pessoas morreram na noite de
sábado após um ataque do grupo Exército do Povo Paraguaio a uma fazenda de
Tacuatí, a 400 km de Assunção. Segundo o jornal "Última Hora", a
propriedade pertence ao brasileiro Renato Rezende Barbosa.
Este é o primeiro ataque do grupo desde a posse do
presidente Horacio Cartes, que é um dos empresários mais ricos do país. A
guerrilha atua nos departamentos de San Pedro e Concepción, os mais pobres do
país. Este último faz fronteira com o Mato Grosso do Sul.
Segundo a polícia, o ataque ocorreu no início da
noite quando o capataz da fazenda, seu chefe de segurança e outros quatro
guardas foram cercados e rendidos por dez ou 12 homens armados e vestidos com
uniforme camuflado.
Os criminosos liberaram o capataz e levaram os
guardas a uma área de floresta, onde foram encontrados os corpos dos quatro
seguranças. O local foi descoberto após denúncia do capataz à polícia, que foi
à fazenda e trocou tiros com os guerrilheiros. Um policial foi baleado.
Neste domingo, foi encontrado o quinto cadáver dos
seguranças mortos. O ministro do Interior paraguaio, Francisco de Vargas,
declarou alerta máximo na região e disse que é necessário estratégia para
combater o Exército do Povo Paraguaio.
"Se vamos reagir apenas em cada evento vamos
cair no mesmo erro de deixar exposta nossa estratégia. Temos que atuar de forma
proativa e deixar de lado a reação".
O ataque é o primeiro da guerrilha desde maio,
quando o grupo matou o empresário Luis Lindstron, que, segundo seu irmão,
Aníbal, pagava aos criminosos para se manter vivo. A polícia paraguaia atribui
ao grupo diversos ataques contra fazendeiros e a postos policiais, além de sequestros.
"Eles [o EPP] não estão prejudicado apenas a
oligarquia, mas também os menos favorecidos com esses ataques", afirmou o
ministro.