quarta-feira, 4 de junho de 2014


Volvo divulga atlas que aponta as estradas mais perigosas do Brasil


Os locais com mais registros de acidentes estão em Minas Gerais Paraná e Santa Catarina


Marcellus Leitãomarcellus.leitao@brasileconomico.com.br

 
A Volvo, que sempre focou em segurança automotiva, divulgou através do Programa Volvo de Segurança no Trânsito, PVST, um Atlas da Sinistralidade nas estradas brasileiras. O estudo inédito, desenvolvido a partir de dados de 2012, criou um índice de gravidade dos acidentes, conforme o motivo. Progressivo, o índice mostrou que a maior causa nas rodovias federais foi a falta de atenção do motorista, com 61.176 registros e gravidade 2,9. Em seguida vem a ultrapassagem indevida, que teve 4.132 sinistros e índice 5,6, por ser a responsável pelos acidentes mais graves. Depois vem a ingestão de álcool, com 7.592 acidentes e índice 4,4, e o sono ao volante, com 4.625 acidentes e índice de gravidade 4,0. São, no Brasil 23,7 mortos por dia, quase um por hora.

O estudo aponta que a maioria dos acidentes acontece durante o dia, mas os mais letais, durante a madrugada, perto das 4h da manhã. Os acidentes mais graves ocorrem aos domingos, com 70 mortos por cada mil acidentes e aos sábados, com 60 mortos por mil.

Os locais com mais registros estão em MG, PR e SC. Em Minas, com a maior malha, há o maior número de vítimas fatais, seguido pela Bahia e Paraná.

As rodovias mais perigosas são a MG 381, a RJ 101 e BA 116, onde se concentra o maior número de vítimas fatais por trecho de estrada.

 

 
Segundo o PVST, as grandes rodovias próximas às cidades são as mais perigosas. Dutra, Fernão Dias, Régis Bittencourt e a BR 040-Rio-BH concentram movimento e acidentes. O estudo analisa os piores trechos e eles sempre estão em áreas de alto fluxo. O Atlas da Sinistralidade exibe ainda as estatísticas de caminhões e ônibus com índices e acidentes fatais em vários trechos específicos de rodovias. Muito além dos números, o comportamento dos motoristas, o baixo treinamento e a falta de fiscalização contribuem muito para essa desgraça diária. No campo da educação, investimentos a partir da escola básica. No campo oficial, maior exigência para a habilitação e leis para coibir o filme escuro, que tira a visibilidade, e isenções de impostos para escolas de direção segura. E ainda, policiamento, a correção do asfalto e sinalização, os dois últimos, dados obrigatoriamente neutros na segurança de trânsito, isto é, ninguém deve se concentrar em buracos e sim em dirigir direito.