Quinze militares são mortos
em emboscada das Farc
Danilo Macedo
Agência Brasil
Agência Brasil
Brasília - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos,
disse hoje (21), após reunião do Conselho de Segurança do país, que 15
militares foram mortos em uma emboscada feita pelas Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc), ontem (20), em Arauca, região de fronteira
com a Venezuela. Santos classificou a ação como “ataque terrorista”. Segundo o
presidente, 70 guerrilheiros das Farc participaram da ação. Doze foram presos e
cinco ficaram feridos.
Os militares
faziam parte de um pelotão que vigiava um oleoduto localizado em Arauca. O
presidente informou que soube do episódio na noite de ontem (21). “Nossos
corações estão com as famílias desses 15 heróis da pátria, que sacrificaram
suas vidas pela tranquilidade e a segurança de seus compatriotas. Que nunca
esqueçamos isso. Esses heróis morreram defendendo nossa democracia e nossa
liberdade”, completou.
O presidente
colombiano disse que os cinco integrantes das Farc feridos foram atendidos após
a captura. Ele destacou que o episódio reforça a diferença entre os comportamentos
das forças militares do governo e as Farc. “[Nossos soldados] foram
disciplinados e aplicaram todos os protocolos do direito internacional
humanitário e de defesa dos direitos humanos”.
Após saber
do ataque, o presidente ordenou que um batalhão de forças especiais se
deslocasse para o local com a missão de encontrar todos os responsáveis pelas
mortes dos 15 militares.
O governo
colombiano e as Farc anunciaram, em 26 de maio, um acordo sobre o
desenvolvimento rural, tema central do conflito armado que ocorre há cerca de
meio século no país. Os governos de Cuba, da Venezuela, do Chile e da Noruega
atuam como mediadores nas negociações.
Santos disse
que, assim como seu governo tem a mão estendida para dialogar, também tem a
contundência militar e vai aplicá-la. “Eu espero que esses senhores entendam
que, militarmente, não têm a mínima possibilidade de ter nenhum êxito”, disse o
presidente, ressaltando que os ataques não são o caminho.