terça-feira, 30 de julho de 2013

GUERRILHEIROS BRASILEIROS NAS FARC

O estudante da UFRJ, Vladimir Machado Bittar e os professores de História Antonio Marcelo Manzoni (foto) e Radamés Sebastão Pereira estão vivos
As Farc do Brasil
Gilberto Nascimento   (gilberto.nascimento@brasileconomico.com.br) 30/07/13 10:00

Um dos comandantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que negocia um acordo de paz com o governo colombiano em Cuba, Jesús Santrich, revelou, em conversa com o jornalista Rodrigo Vianna, que vários brasileiros integram as fileiras do grupo armado no país vizinho.
Não disse quantos seriam, nem onde estão exatamente e o que fazem. Alegou questões de segurança. Mas deu uma informação importante: três jovens paulistas que aderiram à guerrilha colombiana entre 2000 e 2002 - o estudante da UFRJ, Vladimir Machado Bittar e os professores de História Antonio Marcelo Manzoni e Radamés Sebastão Pereira - estão vivos.
"Não posso dar mais detalhes. Mas há brasileiros sim e não apenas estes. O que posso dizer é que os três estão vivos".
O Exército e a Polícia Nacional da Colômbia afirmam não ter informações sobre guerrilheiros brasileiros em seu território. O Itamaraty também não tem notícias.
O caso foi investigado no Brasil pela Polícia Federal e Polícia Civil de São Paulo. Em conversas reservadas, militantes de esquerda paulistas falam sobre a presença de vários outros brasileiros nos quadros das Farc.
O caso de Vladimir, Marcelo e Radamés se tornou público porque seus familiares saíram à procura. Os rapazes mantiveram contatos com familiares durante dois anos, depois não deram mais notícias. Os outros que estão na selva colombiana ainda mantêm contatos regulares com a família.
Por isso, ninguém fala sobre o assunto por medo de represálias ou receio de ser monitorado por órgãos de segurança. Estariam ainda nas selvas colombianas ao menos outros dez brasileiros.