terça-feira, 16 de julho de 2013

CONGO


Forças de Paz da ONU na RD Congo estão em alerta máximo e podem usar força letal contra rebeldes
15 de julho de 2013 · Destaque
 
Capacetes-azuis na República Democrática do Congo. Foto: MONUSCO
As Forças de Paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo (RDC) estão em alerta máximo nesta segunda-feira (15) por causa do possível avanço do grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) à cidade de Goma, no leste do país. A Missão da ONU no país avisou que os capacetes-azuis estão prontos para usar a força caso seja necessário proteger os civis de qualquer ataque.
A Missão das Nações Unidas de Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO) expressou “profunda preocupação” com os confrontos que eclodiram depois que um grupo significativo do M23 atacou as forças nacionais no domingo (14) em Mutaho, a oito quilômetros de Goma. De acordo com a missão da ONU, artilharia pesada e um tanque de guerra foram usados no combate.
“Qualquer tentativa por parte do M23 de avançar em direção à Goma será considerado uma ameaça direta aos civis”, avisou a Missão. A MONUSCO afirmou que os capacetes-azuis estão prontos para tomar as medidas necessárias, incluindo o uso de força letal, para proteger os civis.
O representante especial interino do secretário-geral da ONU no país, Moustapha Soumaré, pediu que todos os envolvidos respeitem o acordo de paz e segurança adotado em fevereiro deste ano por 11 países e quatro organizações internacionais para acabar com a crise no leste da RDC e reconstruir a paz na região dos Grandes Lagos.
Desde março as tensões na região têm aumentado, o que levou o Conselho de Segurança da ONU a autorizar a implementação de uma brigada de intervenção dentro da própria MONUSCO para realizar operações ofensivas, com ou sem as forças nacionais, contra os grupos armados que ameaçam a paz na região.
Uganda recebe 66 mil refugiados da RDC em cinco dias
A agência da ONU para refugiados enviou na segunda-feira (15) uma expedição de emergência com tendas, cobertores e colchões para ajudar 66 mil refugiados da República Democrática do Congo que fugiram nos últimos cinco dias dos combates no leste do país para Uganda.
De acordo com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), os civis começaram a fugir após um ataque na semana passada na cidade de Kamango pelas Forças Democráticas Aliadas, um grupo rebelde ugandense que disse estar operando na província de Kivu, na RDC.
A Cruz Vermelha de Uganda registrou no domingo (14) a chegada de 66.139 pessoas vindas da República Democrática do Congo transportando colchões, panelas e frigideiras.
A agência da ONU juntou-se a outras agências para ṕrestar ajuda de emergência, enviando material para a construção de abrigos, pratos, copos e sabão. Os recém-chegados estão sendo recebidos em cinco escolas primárias, casas de famílias e outros locais da cidade de Bundibugyo.