quinta-feira, 4 de julho de 2013

VG DE EVO MORALES

Unasul se reúne em apoio a Evo por bloqueio de avião na Europa
DE BRASÍLIA
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Representantes dos países membros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) fazem uma reunião nesta quinta-feira em Cochabamba, na Bolívia, para avaliar a reação aos países europeus que impediram o pouso e o sobrevoo do avião do presidente boliviano, Evo Morales.
Ele vinha de Moscou quando seu avião, que deveria ter pousado nas Canárias, teve que mudar de rota e pousar no aeroporto austríaco. Segundo o governo boliviano, França, Portugal, Espanha e Itália fecharam os espaços aéreos porque temiam que o mandatário levasse consigo o técnico Edward Snowden.
O delator do esquema de espionagem telefônica e on-line feito pelos Estados Unidos em todo o mundo está na área de trânsito do aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou. Na terça (2), Morales afirmou que avaliaria o pedido de asilo político que o informante apresentou ao país.
O encontro contará com a presença de seis presidentes, a maioria deles aliados de Morales --Rafael Correa (Equador), Nicolás Maduro (Venezuela), Cristina Fernández de Kirchner (Argentina), José Mujica (Uruguai) e Dési Bouterse (Suriname), além do anfitrião.
O Brasil será representado pelo secretário-geral do Itamaraty, Eduardo dos Santos, além do assessor especial da Presidência para Relações Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e do subsecretário de América do Sul, Central e Caribe, Antonio Simões.
A presidente Dilma Rousseff decidiu não ir à reunião e o chanceler Antonio Patriota não chegaria a tempo, já que está em visita a Haia, na Holanda. Na quarta (3), a presidente Dilma Rousseff expressou em comunicado sua "indignação e repúdio" e exigiu "pronta explicação e correspondentes escusas".
VENEZUELA
Nesta quinta, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que reavaliará as relações diplomáticas com a Espanha e chamou de infame o governo de Mariano Rajoy. "Quem o presidente [de governo, Mariano] Rajoy acha que é? Que nós, sul-americanos, somos nossos escravos?".
Em nota, o colombiano Juan Manuel Santos disse que se solidariza com o bloqueio sofrido por Evo Morales, mas não gostaria que a situação se transformasse em uma crise diplomática entre a América do Sul e a União Europeia.
O país, que é membro da Aliança do Pacífico, tenta um acordo de livre comércio com a União Europeia, assim como o Mercosul. Ainda não há previsão sobre o teor do comunicado ou as represálias que poderão ser tomadas pelos integrantes da Unasul.
O Senado do Paraguai considerou o bloqueio injusto. O governo do país é o único integrante da Unasul que ainda não se pronunciou oficialmente sobre a crise diplomática envolvendo Evo Morales e os países europeus. Alguns países, assim como a Bolívia, acusaram os Estados Unidos de estarem por trás do impedimento.
Editoria de Arte/Folhapress