Em entrevista ao programa "Diálogos", da GloboNews, ministro
Wagner assegura continuidade de Projetos Estratégicos
Publicado em Sexta, 24 Abril 2015 12:54 | Última atualização em Sexta,
24 Abril 2015 14:23
Brasília, 24/04/15 – Durante
entrevista concedida nesta quinta-feira ao programa “Diálogos”, da GloboNews, o
ministro da Defesa, Jaques Wagner, garantiu a continuidade dos principais
projetos estratégicos das Forças Armadas e da Defesa.
Ministro Jaques Wagner concedeu entrevista ao programa
"Diálogos", da GloboNews, comandado pelo jornalista Mário Sérgio
Conti
Ao ser questionado
sobre possíveis ajustes orçamentários previstos para este ano, o ministro
destacou a peculiaridade da indústria de defesa, que precisa de investimentos
no longo prazo para continuar gerando crescimento tecnológico para o país. O
ministro destacou que de 2003 até hoje, os investimentos em Defesa saltaram de
aproximadamente R$ 850 milhões em 2003 para R$ 8,5 bilhões para 2014.
“Seremos solidários
com o governo na questão do ajuste das contas. Haverá restrição, mas não vamos
descontinuar nenhum projeto estratégico, como o desenvolvimento dos submarinos
com propulsão nuclear, o projeto FX-2, o lançamento de satélites junto com o
Ministério das Comunicações e os projetos que estão a cargo do Exército”,
disse.
Ao falar sobre o
FX-2, que prevê a aquisição de 36 caças suecos Gripen NG, o ministro destacou a
importância da absorção de tecnologia – fator que integra praticamente todos os
projetos estratégicos – uma vez que o país não apenas comprará as aeronaves,
como também participará do processo de desenvolvimento.
“Estamos mandando
para a Suécia 250 engenheiros, esse pessoal vai voltar aportando tecnologia pra
cá”, ressaltou sobre os profissionais que irão realizar cursos de qualificação
em instituições suecas com o objetivo de absorver os conhecimentos
tecnológicos.
Jaques Wagner
também falou sobre a importância do Sistema Integrado de Monitoramento de
Fronteiras (SISFRON), do Exército, criado para monitorar os cerca de 17 mil
quilômetros de fronteira que o Brasil faz com países da América do Sul. A
região é marcada por ilícitos e apontada como porta de entrada de drogas e de
contrabando no Brasil. Mesmo ponderando que coibir tais ilícitos é uma função
do Ministério da Justiça e da Polícia Federal, o ministro afirmou que a
colaboração das Forças Armadas é fundamental.
“Somos responsáveis
pelas fronteiras e pela soberania nacional”, enfatizou. O Sisfron é um avanço
em tecnologia e usa informação e controle do espaço aérea para ajudar no
monitoramento das fronteiras.
O ministro afirmou
ainda que, atualmente, as Forças Armadas vivem um momento de “concepção mais
moderna” e que o grande esforço dos atuais comandantes é com a Defesa aliada à
inovação tecnológica.
“Eles estão
preocupados em profissionalizar, em inovar, em trazer tecnologia, como estamos
fazendo com os principais investimentos da Defesa”, disse. “Forças Armadas
profissionalizadas e bem equipadas para garantir que não haja nenhuma ameaça”,
concluiu.
Assessoria de Comunicação
Ministro da Defesa