LAAD 2015: Guerra eletrônica é debatida em conferência com
representantes internacionais e militares brasileiros
Publicado em Quinta, 16 Abril 2015 17:45 | Última atualização em Quinta,
16 Abril 2015 18:00
Rio de Janeiro,
16/4/2015 – Como parte das atividades da 10ª LAAD Defence & Security,
militares e civis assistiram à conferência sobre guerra eletrônica. O evento,
que aconteceu durante todo o dia desta quinta-feira, no Riocentro, no Rio de
Janeiro, teve o objetivo de mostrar as capacidades das nações latino-americanas
acerca da temática, além de suas tecnologias para o setor.
Uma das
apresentações ficou por conta do diretor do Centro de Guerra Eletrônica da
Marinha, capitão-de-mar-e-guerra Leonardo da Silva Mello. Ele citou, por
exemplo, projetos em andamento na Força, como o programa da Brigada Anfíbia.
Concebido em 12 fases, visa renovar o sistema de guerra eletrônica dos
Fuzileiros Navais.
Destacou, também,
que está em fase de instalação, sistema de guerra eletrônica na Corveta
Tamandaré. “A Marinha tem a clara percepção do quanto este tema é importante,
em qualquer lugar de trabalho. Seja em terra, ar ou água”, salientou.
A Força Aérea
Brasileira (FAB) expôs detalhes do Projeto FX-2, que prevê a aquisição de 36
aeronaves para modernizar e reequipar a frota da instituição. Quem explicou
todo o processo foi o presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave
de Combate (COPAC), brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso.
De acordo com o
brigadeiro, apesar de ter sido uma negociação longa, que se estendeu por anos,
os novos caças da FAB vão possibilitar vida útil de 50 anos com as mesmas
aeronaves. O oficial elencou as principais vantagens do Gripen NG – adquirido
em parceria com a empresa sueca SAAB. Entre os tópicos estão: reduzida
quantidade de equipamento de apoio, motor com menor custo operacional,
autonomia nacional para integrar novos sistemas e até 80% de fabricação da
estrutura do caça no Brasil.
Ademais desses
pontos fortes está embutida no contrato a transferência de tecnologia. Com o
item, algumas empresas serão beneficiadas, como a Embraer, Atech, Mectron e
Akaer.
Outro representante
da Aeronáutica que teve vez na conferência foi o chefe da Subseção de Guerra
Eletrônica do Comando-Geral de Operações Aéreas (Comgar), tenente-coronel
Luciano Barbosa Magalhães. Sua palestra focou na evolução da guerra eletrônica
dentro da FAB.
“Até praticamente o
final da década de 90, não tínhamos equipamento para isso”, falou. E completou:
“a guerra eletrônica surgiu para a gente, em um estágio de uma semana em
Salvador (BA), em 1986. Foi feito por profissionais autodidatas”.
Sobre o Sistema de
Guerra Eletrônica da Aeronáutica (SIGEA), Magalhães disse que o órgão, ligado
ao Comgar, atua no fomento a pesquisas; acompanhamento de aquisições, vida
operacional; recursos humanos; doutrina; e cooperação e análise.
O chefe ressaltou,
ainda, veículos aéreos que possuem tecnologia de guerra eletrônica, tais como
os helicópteros AH-2 e H-36, os caças A-1 e F-5M, a aeronave de patrulha
marítima P-3AM, os learjet R-35 e o Gripen NG. Este último, denominado pelo
tenente-coronel como “realmente um avião de guerra eletrônica”.
Apresentaram
palestras, também, representantes da Associação Brasileira das Indústrias de
Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), SAAB, Virtualabs, Intituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA), e mais.
Por Marina Rocha
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa