Itália autoriza extradição
de Pizzolato para o Brasil
Ex-diretor do Banco
do Brasil foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete
meses de prisão, no Brasil, por lavagem de dinheiro e peculato no processo do
mensalão
Agência
Brasilredação@brasileconomico.com.br
O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, deu parecer favorável
hoje (24) à extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique
Pizzolato, condenado no processo do mensalão, em 2013. A informação foi
confirmada à Agência Ansa pelo advogado Michele Gentiloni que representa o
Estado brasileiro.
Pizzolato, que tem cidadania italiana, foi condenado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão, no Brasil, por lavagem
de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, o processo do mensalão, mas fugiu
para a Itália com um passaporte falso. Ele foi detido em fevereiro de 2014, em
Maranello, por causa da documentação irregular.
Em fevereiro, a Corte de Cassação de Roma reverteu uma decisão do
Tribunal de Bolonha e autorizou a extradição do brasileiro.
Na primeira sentença, a extradição tinha sido negada sob argumento de
que os presídios brasileiros não teriam condições de recebê-lo. Com o parecer
da Corte de Cassação, ficou a cargo do ministro da Justiça, Andrea Orlando,
tomar a decisão final.
Agora, o governo brasileiro terá o prazo legal de 20 dias, prorrogáveis
por outros 20 dias, para buscar o ex-diretor do BB. A Procuradoria-Geral da
República dará mais detalhes sobre o caso em entrevista coletiva, marcada para
as 15h.