terça-feira, 20 de janeiro de 2015


Defesa promove encontro preparatório com militares que vão assumir Missão da ONU no Haiti

Publicado em Segunda, 19 Janeiro 2015 18:11 | Última atualização em Terça, 20 Janeiro 2015 09:35

Brasília, 19/01/2014 – Comandantes e integrantes dos Estados-Maiores das Forças Armadas que assumirão a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) a partir de junho participam ao longo da semana de reunião preparatória no Ministério da Defesa (MD), em Brasília (DF). O encontro tem o objetivo de prover aos militares, que formam o 22º Contingente Brasileiro, informações sobre o país caribenho como logística, aspectos sanitários, conjuntura e política externa. 

Foto: Tereza Sobreira

 

Brigadeiro Peclat, do Ministério da Defesa, comanda a reunião preparatória com integrantes do 22º Contingente brasileiro na Minustah: militares assumem missão em junho

A abertura do encontro, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (19), foi feita pelo vice-chefe de Operações Conjuntas do MD, brigadeiro Carlos Eurico Peclat dos Santos. As atividades vão até a próxima sexta-feira (23) e incluem videoconferência com o efetivo em ação na Minustah – o 21º Contingente.

Entre os aspectos abordados, os militares manifestaram preocupação com as eleições presidenciais, que ocorrem no final do ano, e com as constantes manifestações populares desencadeadas pela insatisfação política da sociedade. Os dois pontos foram citados como os principais desafios a serem enfrentados pela nova tropa.

Para o biênio 2015-2016, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu uma redução no número de integrantes da missão. Serão 2.370 militares – atualmente são 5.210 – e 2.601 policiais do organismo multilateral. Esse total é referente a todos os que participam da Minustah, de vários países. No caso do Brasil, o 22º contingente inclui o Batalhão de Força de Paz (Brabat), a Companhia de Engenharia (Braengcoy) e o Grupamento de Fuzileiros Navais.

Política Externa e conjuntura

O chefe da Divisão de Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE), conselheiro Olympio Faissol Pinto Junior, disse que “o trabalho realizado pelas Forças Armadas brasileiras no Haiti é motivo de orgulho”. De acordo com ele, a ação no país é sustentada pelo tripé segurança, reconciliação política e desenvolvimento.

Foto: Tereza Sobreira

 
Brasil está no comando da Minustah desde 2004: em 10 anos foram empregados mais de 30 mil militares brasileiros na missão.

“A nossa meta é ajudá-los a expandir a Polícia Nacional Haitiana (PNH) para que sejam capazes de prover a própria segurança”, disse. Atualmente, a PNH conta com um efetivo aproximado de 10 mil homens – a meta é atingir os 15 mil em 2016.

Alguns dados acerca do Haiti foram passados pela Segunda Secretária da Divisão de Paz e Segurança Internacional do MRE, Sophia Magalhães de Oliveira Kadri. Segundo a diplomata, mais de 120 mil brasileiros, entre civis e militares, estão em 14 missões de paz da ONU pelo mundo.

 “A Minustah é, de longe, o maior engajamento do Brasil em atividades de paz. Entre 2004 e 2009, foram significativos os progressos no país caribenho”, afirmou. Sophia falou, ainda, que após o terremoto que assolou a nação em 2010, a missão de paz precisou “se reorientar”. “Nesse sentido, a engenharia militar foi importante para a retirada dos escombros e reconstrução de estradas.”

Informações

O Haiti possui, atualmente, cerca de 10 milhões de habitantes, situados em uma área de 27,7 mil km² (o equivalente ao estado de Alagoas). É o país mais pobre das Américas, com 70% da população sem emprego formal. Metade dos haitianos é analfabeta.

Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa