Satélite Geoestacionário: Defesa dá
segmento a processo de absorção de tecnologia
Publicado em Segunda, 26 Janeiro 2015 11:06 | Última atualização em
Segunda, 26 Janeiro 2015 11:29
Brasília,
26/01/2015 – Até o final deste mês, um novo grupo
de engenheiros das Forças Armadas será enviado para as instalações da Empresa
Thales Alenia Space (TAS), em Cannes, na França, onde são realizadas as
atividades de treinamento para absorção de tecnologia, previstas no projeto do
Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
Esses profissionais se juntarão a outros brasileiros – da Aeronáutica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da Empresa VISIONA – que já passaram pelos cursos básico e avançado e, atualmente, atuam dentro da empresa Thales, contratada pelo Brasil para ser a fornecedora do satélite.
Esses profissionais se juntarão a outros brasileiros – da Aeronáutica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da Empresa VISIONA – que já passaram pelos cursos básico e avançado e, atualmente, atuam dentro da empresa Thales, contratada pelo Brasil para ser a fornecedora do satélite.
Foto:
Thales Alenia Space
O processo
de absorção de tecnologia consiste em capacitar os profissionais brasileiros
que vão trabalhar principalmente nas duas estações de controle do artefato,
uma, em Brasília, outra, no Rio de Janeiro, e, ambas, instaladas dentro de
organizações militares. De acordo com o diretor de Política Espacial da AEB,
Petrônio Noronha de Souza, o programa de absorção de tecnologia, previsto na
contratação do SGDC, teve início no começo de 2014, quando foram enviados 26
profissionais brasileiros que passaram pela fase de cursos introdutórios e
avançados na empresa.
Este
ano, começa a segunda etapa do programa e o novo grupo de profissionais
técnicos e engenheiros completarão o novo contingente, com um total de quatro
representantes AEB, oito do INPE, dez do Ministério da Defesa, nove da empresa
Visiona, seis da Telebras e dois do Ministério das Comunicações, num total de
39 profissionais.
Segundo
o representante do Ministério da Defesa no Grupo-executivo do Projeto, coronel
Edwin Pinheiro da Costa, os profissionais do ministério e da Telebras
trabalharão diretamente no projeto e também deverão contribuir com a parte de
transferência de tecnologia futuramente.
“Ao
retornarem ao Brasil, esses profissionais poderão assumir atividades de
controle do satélite, nos centros de operação. Com a experiência adquirida,
eles também estarão aptos a atuar no desenvolvimento de futuros projetos
espaciais no Brasil”, disse.
Segundo
ele, a parte de transferência de tecnologia inclui ainda o treinamento de
profissionais de empresas de tecnologia aeroespacial que, futuramente, se
tornarão aptos a construir módulos componentes de satélites. O representante do
Ministério da Defesa no Comitê Diretor do Projeto SGDC, brigadeiro Luiz
Fernando de Aguiar, explica que esse processo de capacitação da indústria
nacional servirá também para apoiar o Programa Estratégico de Sistemas
Espaciais (PESE), que prevê a construção de outros novos satélites com a
participação da indústria nacional.
“Estamos
abrindo uma porta para que essa tecnologia ingresse no país. Temos o MCTI, AEB
e outros órgãos diretamente envolvidos no processo de transferência de
tecnologia para que possamos, no futuro, construir um satélite como esse no
Brasil”, explica. “O ganho maior é essa absorção de tecnologia por parte do
nosso pessoal e das nossas empresas para que, no futuro, possamos ingressar
nesse mercado”, completou o brigadeiro destacando que, atualmente, diversos
serviços meteorológicos são feitos por empresas estrangeiras, o que deverá mudar
quando o país passar a dominar tal tecnologia.
Em
dezembro do ano passado, uma equipe do Ministério da Defesa participou, em
Toulouse, na França, da etapa de revisão crítica do projeto, na qual foram
ajustados alguns detalhes técnicos finais do projeto.
O Satélite Geoestacionário terá uma banda X, voltada as comunicações militares, e uma banda ‘Ka’, para uso de comunicação civil no âmbito do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Com previsão de lançamento para o segundo semestre do ano que vem, o novo satélite será o primeiro a ser 100% controlado pelo governo.
O Satélite Geoestacionário terá uma banda X, voltada as comunicações militares, e uma banda ‘Ka’, para uso de comunicação civil no âmbito do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Com previsão de lançamento para o segundo semestre do ano que vem, o novo satélite será o primeiro a ser 100% controlado pelo governo.
Assessoria
de Comunicação
Ministério da Defesa
Ministério da Defesa