Jaques Wagner e
Dilma: o governador da Bahia assumirá o Ministério da Defesa (Foto: Eduardo
Anizelli/Folhapress)
Nomeado ministro da Defesa pela presidente Dilma Rousseff, o governador
petista da Bahia, Jaques Wagner, tem todas as credencias para ocupar o cargo
que subentende a responsabilidade pela direção superior das Forças Armadas,
pelo estabelecimento de políticas ligadas à segurança do país, e até pela
aviação civil:
Wagner sempre patrocinou o MST, idolatra terrorista de esquerda, a taxa
de homicídios é alta em seu estado, seu nome está envolvido em denúncias de
corrupção, e ele não sabia de nada.
Como poderia haver melhor opção para o PT, logo agora que a ditadura
venezuelana firmou acordo com o MST “para fortalecer o que é essencial para uma
revolução socialista”?
Em 2009, Wagner gastou R$ 161,3 mil em aluguel de ônibus para levar os
sem-terra de volta ao interior após uma invasão de prédio superanimada.
Em 2010, instalou quatro banheiros químicos, um tanque d’água e um
barracão como “apoio logístico” para outro protesto.
Em 2011, para comemorar o circuito de 40 propriedades rurais invadidas,
forneceu verduras e 600 quilos de carne por dia (com gasto diário de R$ 6 mil)
para alimentar os cerca de 3.000 sem-terra que invadiram o prédio da Secretaria de
Agricultura e Reforma Agrária, em Salvador. Ofereceu também 32 banheiros
químicos, dois chuveiros improvisados e toldos.
A infraestrutura do trio “Abril Vermelho” aumentava a cada ano. Com
Wagner na Defesa, não faltarão os camarotes com Open Bar, o Asa de Águia e o
Chiclete com Banana.
Como forma de agradecimento pela desocupação da Secretaria, Wagner
nomeou Vera Lúcia da Cruz Barbosa secretária de Políticas para as Mulheres. Ela
é dirigente do MST, membro da Via Campesina e integrante da Coordenação
Nacional dos Movimentos Sociais (CMS).
Uma semana depois, dois grupos pertencentes a esta coordenação (Ceta e
MTD) invadiram de novo a Secretaria, na ânsia por um churrasquinho e um cargo
no governo.
Em 2013, o MST invadiu a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para
cobrar agilidade na investigação do assassinato de um dirigente do movimento na
zona rural de Iguaí. Como os policiais não conseguiram conter o grupo, o
subsecretário da pasta, Ari Pereira, disparou sua arma de fogo. Wagner defendeu o
subsecretário, dizendo que o tiro foi só “para intimidar e não se [deixar] concluir
o processo de ocupação e invasão no prédio”.
“Não é razoável que a sede da Segurança Pública ou de qualquer outra
secretaria seja invadida por uma porção de gente com foice, facão, enxada. As
pessoas não podem confundir democracia com baderna”, afirmou Wagner, após anos
patrocinando a baderna.
“Daqui a pouco, um
integrante do movimento ia estar sentado na cadeira do secretário. Só me
faltava essa”, completou o mesmo governador que já havia nomeado uma integrante
do movimento para sentar na cadeira da secretaria de Políticas para as
Mulheres.
Para um petista, qualquer semelhança com a recomendação atribuída a
Lenin – “Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz” – nunca é mera
coincidência.
Em agosto de 2013, depois de repassar R$ 120 mil para
Daniela Mercury participar da Parada Gay de São Paulo, Wagner decidiu
financiar com R$ 200 mil o projeto do “Museu da Resistência”, em homenagem ao chefão de extrema
esquerda da ALN (Ação Libertadora Nacional) Carlos Marighella,
que defendia abertamente execuções sumárias em seu “Minimanual da Guerrilha
Urbana”.
Esses foram os indivíduos assassinados nos covardes atos terroristas da
ALN:
– José de Carvalho
– Guido Boné
– Natalino Amaro Teixeira
– José Getúlio Borba
– Newton de Oliveira Nascimento
– José Armando Rodrigues
– Bertolino Ferreira da Silva
– Sylas Bispo Feche
– Iris do Amaral
– Walter César Galleti
– Mário Domingos Panzarielo
– Sílvio Nunes Alves
– Manoel Henrique de Oliveira
– Guido Boné
– Natalino Amaro Teixeira
– José Getúlio Borba
– Newton de Oliveira Nascimento
– José Armando Rodrigues
– Bertolino Ferreira da Silva
– Sylas Bispo Feche
– Iris do Amaral
– Walter César Galleti
– Mário Domingos Panzarielo
– Sílvio Nunes Alves
– Manoel Henrique de Oliveira
Em fevereiro de 2014, para que as criancinhas também se espelhassem no
ícone do terrorismo esquerdista, Wagner celebrou no Facebook a mudança de nome do Colégio Médici para
Colégio Marighella, onde, assim como no museu e na Comissão da Mentira do PT,
as vítimas da ALN serão sempre ignoradas.
Não é de surpreender que um estado governado por um fã de Marighella
tenha 37,9 homicídios por 100 mil habitantes, 224% a mais que São Paulo,
segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014, que traz o balanço de
2013; e 22 cidades na lista das 100 mais violentas do país, segundo o Mapa da
Violência.
A relação delicada entre a gestão Wagner e a Polícia Militar baiana
ainda resultou em 52 assassinatos em dois dias de greve da PM em abril deste
ano, durante a qual o mesmo governador que contribui para a satanização das
Forças Armadas pediu à presidente Dilma que enviasse tropas para socorrer seu
estado.
Em setembro, uma reportagem de VEJA revelou que uma ONG chamada
Instituto Brasil, criada em 2004 para supostamente facilitar a construção de
casas próprias, com dinheiro federal, para pessoas de baixa renda na Bahia, era
na verdade um dos braços do PT para desviar dinheiro dos cofres públicos para o
bolso dos petistas: R$ 50 milhões ao longo de seis anos, segundo denúncia da
própria presidente da entidade, que cuidou do esquema para os petistas até
2010. Dalva Sele Paiva, que disse ter entregado vários pacotes de dinheiro de
R$ 20 mil a R$ 50 mil ao deputado federal Afonso Florence quando ele era
secretário de Jaques Wagner, disse que era impossível o governador não saber do
esquema.
Para completar, Wagner, que é originário do sindicalismo petroleiro, agora também tem o
nome envolvido no escândalo do Petrolão a partir das denúncias feitas pela
ex-gerente Venina Fonseca. De acordo com uma auditoria interna realizada na
Petrobras, duas produtoras de vídeo que trabalharam nas campanhas do governador e de
duas prefeitas do PT receberam R$ 4 milhões da estatal em 2008, sem licitação,
em projetos autorizados pelo gerente de Comunicação da área de Abastecimento,
Geovane de Morais.
Há muito mais coisas interessantes no currículo do novo Ministro da
Defesa, mas creio que este resumo é o bastante.
Eu já estou me sentindo muito mais seguro agora. Você não?