Satélite de comunicação e
defesa brasileiro é aprovado para fabricação
Equipamento
dará segurança a transmissão de informações estratégicas do País e irá
ampliar acesso à banda larga
Publicado:
08/01/2015 16:37h
Fonte:
NUCOPE-P
Foram finalizados em dezembro os trabalhos da
revisão crítica de projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações Estratégicas (SGDC). Na avaliação foram examinados em detalhes
todos os sistemas e subsistemas do artefato brasileiro e verificado se o
projeto cumpre os requisitos para a fabricação. O novo satélite será o
primeiro a ser 100% controlado por instituições do Brasil.
O SGDC terá 5,8 toneladas, posicionado a uma
distância 35.786 km da superfície da Terra. A previsão é de que o satélite
seja lançado no segundo semestre de 2016 e terá vida útil superior a 15 anos.
Quando estiver em órbita, o artefato terá uma banda de uso exclusivo militar,
o que vai garantir segurança total nas transmissões de informações
estratégicas do País.
A revisão crítica de projeto foi realizada na
cidade de Toulouse, na França, e contou com a participação de especialistas
da Telebras, do Ministério da Defesa, do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da empresa VISIONA.
Compareceram também o Adido de Defesa e Aeronáutico do Brasil na França,
Coronel Antônio Ramirez Lorenzo, e militares do Núcleo do Centro de Operações
Espaciais Principal (NUCOPE-P), da Força Aérea Brasileira.
“Esta foi a última etapa antes da fabricação do
satélite que será de extrema importância para o Ministério da Defesa e para o
Brasil. Em 2015, serão construídos os prédios de onde o SGDC vai ser
comandado. Um ficará em Brasília, no Sexto Comando Aéreo Regional, e o outro
no Rio de Janeiro, na Estação de Rádio da Marinha”, explicou o Comandante do
NUCOPE-P, Coronel Hélcio Vieira Junior.
Além de atender à demanda de comunicações
estratégicas do Ministério da Defesa, o satélite facilitará a execução do
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), levando comunicação de qualidade às
regiões mais afastadas do Brasil, que ainda dependem da construção de rotas
de fibra ótica para terem acesso à internet.
O projeto de construção e controle do satélite
também prevê transferência de tecnologia, o que dará ao Brasil o domínio
desse tipo de conhecimento, que poderá ser disseminado nas mais diversas
áreas - em especial, no meio da indústria de defesa.
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