Dono da segunda mais cara tarifa de água do País, Amazonas desperdiçou 62% da produção
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento referentes a 2013 apontam que consumidor amazonense pagou 43% a mais que a média do País, mas recebeu menos de 40% da água produzida no Estado
Além dos vazamentos na rede, o furto de água é apontado como um dos motivos para o alto desperdício, em Manaus
A tarifa de água no Amazonas foi a segunda mais cara do País, em 2013, quando os amazonenses pagaram 43% a mais do que a média cobrada nos demais Estados brasileiros. Enquanto o metro cúbico de água - que equivale a mil litros – custou, em media, R$ 2,62 no País, no Amazonas o consumidor pagou R$ 3,75 pela mesma quantidade.
Mas nem os preços acima da média nacional foram suficientes para reduzir o desperdício de água que, no Amazonas, comprometeu mais da metade da água produzida em 2013. O Estado teve a segunda maior perda na distribuição do País, com 62,7% da produção sendo desperdiçada antes de chegar às torneiras dos consumidores. Em Manaus, o desperdício atingiu 47% da produção.
Os dados foram divulgados em um relatório do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, que faz parte do Ministério das Cidades.
Maior que a média
A tarifa média cobrada no Amazonas só é menor do que a exercida no Estado do Rio Grande do Sul, de R$ 4,18. Mas vale ressaltar que os gaúchos atendem mais de 90% do Estado com abastecimento regular de água tratada e de 20% a 40% do território com rede de esgoto. Enquanto isso, no Amazonas a água tratada atende de 80% a 90% do Estado, mas a rede de esgoto está presente em menos de 10% do território.
A tarifa média praticada no Amazonas em 2013 também estava bem acima da média para a Região Norte - de R$ 2,56 por metro cúbico de água – e de Estados vizinhos como o Pará (R$ 1,64), Acre (R$ 1,66) e Roraima (R$ 2,14). A tarifa média de água mais barata do País, em 2013, era a do Maranhão: R$ 1,62 por metro cúbico.
Desperdício
Outro dado que chamou a atenção no relatório diz respeito aos índices de perda que, no Amazonas, só não foi maior que o registrado no Amapá, de 76,5%. Segundo Estado que mais desperdiçou água em 2013, o desperdício entre o tratamento e a distribuição de toda a água consumida no Estado, que foi de 62,7%, ficou bem acima da média nacional, de 37%, e mais de três vezes superior que o percentual indicado pelo Snis, que é abaixo de 20%.
Entre as unidades federativas com menor índice de perdas estão o Distrito Federal e Goiás, com 27,3% e 28,8% de desperdício, respectivamente.
O percentual nacional registrado em 2013 ficou estável em relação ao verificado em 2012, quando o levantamento mostrou que, de toda a água tratada no período, 36,9% não chegavam às torneiras dos consumidores.
Entre as principais causas apontadas para o desperdício estão os vazamentos reservatórios e redes de distribuição, além das ligações clandestinas e fraudes.
Regiões
As regiões Norte e Nordeste apresentam a maior taxa de desperdício, com 50,8% e 45%, respectivamente, seguidas do Sul (35,1%), do Centro-Oeste (33,4%) e do Sudeste (33,4%).
O relatório do Snis aponta ainda a necessidade de melhoria na gestão e modernização dos sistemas por parte das empresas responsáveis pelo abastecimento de água para garantir a sustentabilidade do serviço.
Mas nem os preços acima da média nacional foram suficientes para reduzir o desperdício de água que, no Amazonas, comprometeu mais da metade da água produzida em 2013. O Estado teve a segunda maior perda na distribuição do País, com 62,7% da produção sendo desperdiçada antes de chegar às torneiras dos consumidores. Em Manaus, o desperdício atingiu 47% da produção.
Os dados foram divulgados em um relatório do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, que faz parte do Ministério das Cidades.
Maior que a média
A tarifa média cobrada no Amazonas só é menor do que a exercida no Estado do Rio Grande do Sul, de R$ 4,18. Mas vale ressaltar que os gaúchos atendem mais de 90% do Estado com abastecimento regular de água tratada e de 20% a 40% do território com rede de esgoto. Enquanto isso, no Amazonas a água tratada atende de 80% a 90% do Estado, mas a rede de esgoto está presente em menos de 10% do território.
A tarifa média praticada no Amazonas em 2013 também estava bem acima da média para a Região Norte - de R$ 2,56 por metro cúbico de água – e de Estados vizinhos como o Pará (R$ 1,64), Acre (R$ 1,66) e Roraima (R$ 2,14). A tarifa média de água mais barata do País, em 2013, era a do Maranhão: R$ 1,62 por metro cúbico.
Desperdício
Outro dado que chamou a atenção no relatório diz respeito aos índices de perda que, no Amazonas, só não foi maior que o registrado no Amapá, de 76,5%. Segundo Estado que mais desperdiçou água em 2013, o desperdício entre o tratamento e a distribuição de toda a água consumida no Estado, que foi de 62,7%, ficou bem acima da média nacional, de 37%, e mais de três vezes superior que o percentual indicado pelo Snis, que é abaixo de 20%.
Entre as unidades federativas com menor índice de perdas estão o Distrito Federal e Goiás, com 27,3% e 28,8% de desperdício, respectivamente.
O percentual nacional registrado em 2013 ficou estável em relação ao verificado em 2012, quando o levantamento mostrou que, de toda a água tratada no período, 36,9% não chegavam às torneiras dos consumidores.
Entre as principais causas apontadas para o desperdício estão os vazamentos reservatórios e redes de distribuição, além das ligações clandestinas e fraudes.
Regiões
As regiões Norte e Nordeste apresentam a maior taxa de desperdício, com 50,8% e 45%, respectivamente, seguidas do Sul (35,1%), do Centro-Oeste (33,4%) e do Sudeste (33,4%).
O relatório do Snis aponta ainda a necessidade de melhoria na gestão e modernização dos sistemas por parte das empresas responsáveis pelo abastecimento de água para garantir a sustentabilidade do serviço.