IBC-Br tem variação
positiva de 0,04% em novembro, aponta Banco Central
Índice de Atividade
Econômica do Banco Central é considerado uma espécie de sinalizador do Produto
Interno Bruto (PIB). Em outubro, o indicador caiu 0,12% na comparação com o mês
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Reutersredacao@brasileconomico.com.br
São Paulo - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central
(IBC-Br), considerado espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB),
registrou variação positiva de 0,04% em novembro na comparação com outubro,
segundo dados dessazonalizados, informou o BC nesta quinta-feira.
Em outubro, o indicador havia caído 0,12% sobre o mês anterior, em
resultado revisado pelo BC após divulgar anteriormente queda de 0,26%.
Analistas consultados pela Reuters esperavam recuo mensal de 0,20% em
novembro, de acordo com a mediana de 24 projeções que foram de queda de 0,60% a
alta de 0,60%.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos
da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre
os produtos.
"O resultado do IBC-Br de novembro reforça expectativa de
crescimento do PIB próximo à estabilidade no quarto trimestre", afirmou em
nota o diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, Octavio de
Barros.
O economista-chefe, Jankiel Santos, e o economista sênior, Flávio
Serrano, do Espírito Santo Investment Bank seguem praticamente na mesma linha.
"O resultado de hoje ainda indica um resultado muito fraco para o
PIB no quarto trimestre. De fato, o efeito de carryover no período é de expansão
de 0,1% sobre o trimestre anterior, mas não podemos descartar um número
negativo no último trimestre do ano devido aos dados econômicos divulgados até
agora", afirmam Santos e Serrano em nota.
No acumulado do ano até novembro, o IBC-Br mostra a economia com leve
retração, de 0,12%. Já na comparação com novembro de 2013, o indicador caiu
0,49%, mas em 12 meses tem variação negativa de 0,01%.
Dados recentes vêm mostrando que a economia brasileira não conseguiu
pisar no acelerador no final do ano passado, depois de sair, pela margem
mínima, da recessão técnica no terceiro trimestre.
A produção industrial brasileira recuou 0,7% em novembro, com desempenho
pífio em todas as categorias. No mesmo mês, as vendas no varejo desaceleram
sobre outubro, com alta de 0,9%.
A falta de confiança de empresários e consumidores foi o estigma da
economia brasileira em 2014, diante do quadro de inflação alta, crescimento
baixo e juros elevados.
Segundo pesquisa Focus do BC, economistas projetam que o PIB cresceu
0,11% no ano passado, recuperando pouco neste ano, quando esperam expansão de
0,40%.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos
da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre
os produtos.