Grupo de Lula vê outros
nomes em ministério afinados com corrente adversária
Além dos ministros
que a corrente interna do PT Mensagem ao Partido conseguiu colocar no
ministério de Dilma, até entre os escolhidos ligados à tendência majoritária
CNB estão nomes com muito bom trânsito com o grupo
Gilberto
Nascimentogilberto.nascimento@brasileconomico.com.br
A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT e com o
ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em suas fileiras, vê um
amplo favorecimento na composição do novo ministério de Dilma Rousseff à
tendência adversária Mensagem ao Partido. Entre os petistas nomeados para o
ministério, a Mensagem emplacou três: Pepe Vargas (Relações Institucionais),
Miguel Rossetto (Secretária-Geral da Presidência) e José Eduardo Martins
Cardozo (Justiça). Integrantes da CNB dizem que até entre os representantes de
seu próprio grupo escolhidos para o ministério estão petistas com excelente
trânsito com a Mensagem. Citam aí Ricardo Berzoini (Comunicações), Jaques
Vagner (Defesa) e Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário).
Dilma estaria afastando petistas mais próximos de seu padrinho Lula e
nomeando outros de sua confiança. A Mensagem ao Partido tinha chances ainda de
conseguir mais um ministro. Esta corrente tem entre seus integrantes o
ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Terceira maior força no PT, é
um coletivo de tendências e abriga, entre outras, a Democracia Socialista (DS).
A DS, embora oficialmente no grupo, apresentou separadamente ao presidente
nacional do PT, Rui Falcão, sua lista de cargos pretendidos no novo governo. Há
muita disputa ainda, nos bastidores, pela obtenção de postos, por exemplo, em
delegacias do Incra, INSS, ministérios da Saúde e Trabalho e representações
ministeriais nos Estados. Todas as correntes do PT apresentaram listas de nomes
para esses cargos e para manter outros já indicados.