domingo, 11 de março de 2012

Exército investiga causa dos ataques na Vila Cruzeiro, no Rio
FERNANDO MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA DO RIO
O Exército iniciou neste domingo a apuração das causas dos ataques aos militares que faziam o patrulhamento na Vila Cruzeiro, ontem, momentos antes da chegada do príncipe Harry ao Complexo do Alemão (zona norte do Rio).
O conjunto de favelas da Vila Cruzeiro é vizinho ao Complexo do Alemão, último local na agenda da visita do príncipe britânico ao Rio.
Traficantes que ainda estão na favela teriam aproveitado a visita para atacar soldados da Força de Pacificação.

"Hoje estamos fazendo um levantamento dos dados e detalhes do que pode ter gerado os ataques", disse à Folha o tenente coronel Fernando Fantazzini, da comunicação social da Força de Pacificação. Fantazzini explicou que ao final da investigação o Comando poderá instaurar um Inquérito Policial Militar (IPM).
O Exército disse ontem que a série de ataques ocorrida em cinco locais diferentes da Vila Cruzeiro e ao mesmo tempo "pode ter sido orquestrada".
Ainda de acordo com o tenente coronel, hoje não foi registrado nenhum incidente na Vila Cruzeiro e o clima é de tranquilidade no local.
Ontem, durante o confronto, três pessoas foram presas, sendo dois homens em flagrante porque estavam com tijolos e bombas de fabricação caseira, atacando os militares, e também uma mulher, por desacato.
De acordo com o Exército foram disparados, pelo menos, 40 tiros de armas de fogo contra as tropas.
Ainda durante o tumulto, três pessoas ficaram feridas depois de serem atingidas por balas de borracha disparadas pelo Exército. Elas foram levadas para o hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha (zona norte), onde foram atendidas e liberadas logo depois.
Um militar também teria sido atingido e está com problemas de audição em decorrência da explosão de uma bomba de fabricação caseira.
O caso foi registrado na 22ª DP (Penha).