domingo, 18 de março de 2012

Farc condicionam libertação de reféns a visita a rebeldes presos
DA FRANCE PRESSE
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) informaram neste sábado que estão prontas para a anunciada libertação de 10 militares, que preveem realizar em duas fases, mas condicionaram a entrega a que o governo permita que um grupo de personalidades visite seus guerrilheiros presos.
Em um comunicado publicado em sua página na internet, a guerrilha aceitou os protocolos estabelecidos pelos governos de Colômbia e Brasil, bem como pela Cruz Vermelha Internacional, para levar a cabo as libertações dos 10 últimos policiais e militares que afirma manter sequestrados.
"Manifestamos nosso acordo com os itens do protocolo de segurança (...) Estamos prontos para iniciar o processo de libertação, em dois dias, de 10 prisioneiros de guerra em nosso poder", declarou a organização rebelde.
No entanto, as Farc acrescentaram que para iniciar o processo de libertação "falta que o presidente Juan Manuel Santos permita a visita humanitária planejada pela (organização) Mulheres do Mundo pela Paz aos prisioneiros políticos e de guerra nos centros de reclusão do país".
A Mulheres do Mundo pela Paz, à qual as Farc se comprometeram a entregar os sequestrados, é liderada pela ex-senadora e mediadora colombiana Piedad Córdoba. Também a integram a Prêmio Nobel da Paz guatemalteca Rigoberta Menchú e as escritoras mexicana Elena Poniatowska e chilena Isabel Allende, entre outras personalidades.
Em 6 de março passado, o governo colombiano negou a este grupo civil a permissão para visitar os guerrilheiros presos, considerando que a visita não teria caráter humanitário, senão político.
Em 26 de fevereiro, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (comunistas), com 9.000 combatentes, anunciaram a próxima libertação de 10 membros da Força Pública, que levam de 12 a 14 anos em cativeiro. Além disso, prometeram por um fim aos sequestros extorsivos de civis.