EUA devem deslocar 150
veículos blindados para a Europa
Estadão Conteúdo - 4 horas atrás
Por
Adrian Croft
BRUXELAS
(Reuters) - Os Estados Unidos planejam colocar até o fim do ano que vem cerca
de 150 tanques e veículos blindados na Europa para uso de forças
norte-americanas que treinam na Europa como parte da resposta do país à crise
na Ucrânia, de acordo com um comandante do Exército norte-americano.
Alguns
dos tanques e veículos --o suficiente para equipar uma brigada armada--
poderiam ficar "pré-posicionados" na Polônia, na Romênia ou nos
países bálticos, afirmou o comandante das Forças Armadas dos EUA na Europa, Ben
Hodges, em uma entrevista por telefone à Reuters de Wiesbaden, na Alemanha.
Os EUA e
seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reforçaram o
Leste Europeu e aumentaram os exercícios para tranquilizar novos membros da
aliança que ficaram nervosos devido ao que enxergam como assertividade dos
russos. A Rússia nega qualquer atividade agressiva.
Hodges
espera que a contribuição dos EUA para a operação, conhecida como
"Operation Atlantic Resolve", continue durante 2015 e 2016.
Manter
equipamentos suficientes na Europa para uma brigada blindada dos EUA evita que
tropas norte-americanas tenham que levar seus próprios aparelhos e dispositivos
quando forem fazer exercícios militares na região.
A
iniciativa também significa que os equipamentos estarão disponíveis se os EUA
precisarem reforçar o Leste Europeu rapidamente em caso de emergência.
"Até
o fim de 2015 teremos todos os equipamentos para uma brigada pesada, isso
significa três batalhões, um esquadrão de reconhecimento, quartéis de
artilharia, engenheiros, e tudo ficará na Europa", disse Hodges.
"Estamos
falando de cerca de 150, talvez 160 tanques M1, veículos de combate M2 Bradley,
24 morteiros autopropulsionados".
Nenhuma
decisão foi tomada ainda sobre onde os veículos blindados serão mantidos.
Hodges
espera que pelo menos um terço deles seja mantido em centros de treinamentos
norte-americanos na Alemanha. Os EUA poderiam considerar distribuir alguns dos
equipamentos a um país báltico, à Polônia ou à Romênia, se isso fizer sentido
estratégico e se o país quiser.
Os EUA
reduziram a presença de suas forças na Europa desde a Guerra Fria. Agora, cerca
de 30.000 tropas estão lá, mais um pequeno número de membros da Força Aérea, do
Exército e da Marinha, disse Hodges.
Apesar de
pressões orçamentárias, Hodges espera que soldados norte-americanos em
bases da Europa permaneçam em suas posições atuais no momento.
Hodges
acredita que há um risco de que os separatistas russos no leste da Ucrânia,
onde um acordo de cessar-fogo foi estabelecido, mas que tem sido quebrado
regularmente, poderiam lançar uma nova ofensiva no primeiro semestre.