terça-feira, 16 de junho de 2015


Fuga de sul-sudaneses para o Sudão cria uma ’emergência dentro de uma emergência’, alerta ACNUR


 









Cerca de 14 mil sul-sudaneses, a maioria mulheres e crianças, fugiram para o Sudão nos últimos dias. A agência da ONU para os refugiados já registrou cerca de 160 mil refugiados no Sudão desde o início dos combates na nação mais jovem do mundo em dezembro de 2013.

 

Pessoas deslocadas em Gumruk, no Sudão do Sul. Foto: IRIN/Hannah McNeish

A agência da ONU para os refugiados (ACNUR) disse nesta segunda-feira (15) que cerca de 14 mil sul-sudaneses – a maioria mulheres e crianças- fugiram para o Sudão entre os dias 13 e 15 de junho, descrevendo a situação como “uma emergência dentro de uma emergência”.

“O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) registrou aproximadamente 160 mil refugiados no Sudão desde o início dos combates em dezembro de 2013”, declarou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

O conflito do Sudão do Sul começou em dezembro de 2013 marcado pela violência contra os civis e por aprofundar o sofrimento em todo o país. Nos últimos dois meses, a situação humanitária no país se deteriorou ainda mais com a intensificação das operações militares no estado do Alto Nilo e Unidade.

Estima-se que até julho de cerca de 4,6 milhões de pessoas podem estar em estado grave de segurança alimentar – o número mais alto desde o início da crise. Cerca de 120 mil pessoas buscaram proteção e encontram-se abrigadas em complexos da ONU no país. A ONU projeta que que em 2015 o número de deslocados internos chegue a 1,95 milhão e 293 mil refugiados.