Fuga de sul-sudaneses para o
Sudão cria uma ’emergência dentro de uma emergência’, alerta ACNUR
Cerca
de 14 mil sul-sudaneses, a maioria mulheres e crianças, fugiram para o Sudão
nos últimos dias. A agência da ONU para os refugiados já registrou cerca de 160
mil refugiados no Sudão desde o início dos combates na nação mais jovem do
mundo em dezembro de 2013.
Pessoas
deslocadas em Gumruk, no Sudão do Sul. Foto: IRIN/Hannah McNeish
A agência
da ONU para os refugiados (ACNUR) disse nesta segunda-feira (15) que cerca de 14 mil sul-sudaneses – a maioria mulheres e crianças- fugiram para o
Sudão entre os dias 13 e 15 de junho, descrevendo a situação como
“uma emergência dentro de uma emergência”.
“O
Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
registrou aproximadamente 160 mil refugiados no Sudão desde o início dos
combates em dezembro de 2013”, declarou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
O conflito
do Sudão do Sul começou em dezembro de 2013 marcado pela violência contra os
civis e por aprofundar o sofrimento em todo o país. Nos últimos dois meses, a
situação humanitária no país se deteriorou ainda mais com a intensificação das
operações militares no estado do Alto Nilo e Unidade.
Estima-se
que até julho de cerca de 4,6 milhões de pessoas podem estar em estado grave de
segurança alimentar – o número mais alto desde o início da crise. Cerca de 120
mil pessoas buscaram proteção e encontram-se abrigadas em complexos da ONU no
país. A ONU projeta que que em 2015 o número de deslocados internos chegue a
1,95 milhão e 293 mil refugiados.