sexta-feira, 12 de junho de 2015


Reunião de emergência na OMS discutirá síndrome respiratória na Coreia do Sul


Número de mortes causadas pelo coronavírus Mers aumentou. Na próxima semana, dirigentes da Organização Mundial da Saúde vão se reunir

Genebra, 12 de Junho de 2015

AGÊNCIA LUSA

Ao todo, 126 pessoas foram infectadas na Coreia do Sul (Reprodução/Internet)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje (12) que vai convocar, na próxima semana, a comissão de emergências sobre a Síndrome Respiratória do Médio Oriente (Mers), depois de ter subido o número de mortes na Coreia do Sul.

Ao todo, 126 pessoas foram infectadas no país pelo coronavírus Mers (sigla em inglês) desde o primeiro diagnóstico, em 20 de maio, de um homem que tinha estado na Arábia Saudita e em outros países do Golfo Pérsico.

"O número de novos casos diminuiu, mas devemos vigiar a situação", declarou um porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, em entrevista em Genebra. "A comissão de emergências vai se reunir na próxima semana, mas a data ainda não foi marcada, disse.

"Trata-se de analisar a situação" e determinar se "constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional", acrescentou Jasarevic, ao destacar que a última reunião da comissão ocorreu em 5 de fevereiro.

A Coreia do Sul anunciou hoje que o número de mortes causadas pelo coronavírus Mers aumentou para 11, mas as autoridades pediram calma à população, destacando a diminuição do número de novos contágios.

Pelo menos 3.680 pessoas estão atualmente de quarentena, em casa ou no hospital, contra 3.805 nessa quinta-feira. A quarentena foi suspensa para 1.249 pessoas desde o início do surto, o maior fora da Arábia Saudita.

O Mers é um vírus mais mortal, mas menos contagioso, do que o responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars, a sigla em inglês) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

O vírus da Mers provoca infeção pulmonar, febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, vacina ou tratamento para o vírus. A doença registra taxa de mortalidade de cerca de 35%, de acordo com a OMS.

Na Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contaminadas desde 2012 e 412 morreram.