Reunião de emergência na OMS discutirá síndrome respiratória na
Coreia do Sul
Número de
mortes causadas pelo coronavírus Mers aumentou. Na próxima semana, dirigentes
da Organização Mundial da Saúde vão se reunir
Genebra, 12 de Junho de 2015
Ao
todo, 126 pessoas foram infectadas na Coreia do Sul
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) anunciou hoje (12) que vai convocar, na próxima semana, a
comissão de emergências sobre a Síndrome Respiratória do Médio Oriente (Mers),
depois de ter subido o número de mortes na Coreia do Sul.
Ao todo, 126 pessoas foram
infectadas no país pelo coronavírus Mers (sigla em inglês) desde o primeiro
diagnóstico, em 20 de maio, de um homem que tinha estado na Arábia Saudita e em
outros países do Golfo Pérsico.
"O número de novos casos
diminuiu, mas devemos vigiar a situação", declarou um porta-voz da OMS,
Tarik Jasarevic, em entrevista em Genebra. "A comissão de emergências vai
se reunir na próxima semana, mas a data ainda não foi marcada, disse.
"Trata-se de analisar a
situação" e determinar se "constitui uma emergência de saúde pública
de alcance internacional", acrescentou Jasarevic, ao destacar que a última
reunião da comissão ocorreu em 5 de fevereiro.
A Coreia do Sul anunciou hoje que
o número de mortes causadas pelo coronavírus Mers aumentou para 11, mas as
autoridades pediram calma à população, destacando a diminuição do número de
novos contágios.
Pelo menos 3.680 pessoas estão
atualmente de quarentena, em casa ou no hospital, contra 3.805 nessa
quinta-feira. A quarentena foi suspensa para 1.249 pessoas desde o início do
surto, o maior fora da Arábia Saudita.
O Mers é um vírus mais mortal,
mas menos contagioso, do que o responsável pela Síndrome Respiratória Aguda
Severa (Sars, a sigla em inglês) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo
o mundo.
O vírus da Mers provoca infeção
pulmonar, febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto,
vacina ou tratamento para o vírus. A doença registra taxa de mortalidade de
cerca de 35%, de acordo com a OMS.
Na Arábia Saudita, mais de 950
pessoas foram contaminadas desde 2012 e 412 morreram.